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Quando o futuro do vinho olha para o passado

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O futuro do vinho, em tempos de rótulos premiados e tendências de mercado que mudam a cada safra, parece apontar para um movimento que vem ganhando força nas taças (e nos corações) de quem acompanha a cena vitivinícola sul-americana: o retorno às origens.

Na nova coluna para o Muito Gourmet, a sommelière Carol Souzah reflete sobre o impacto simbólico e sensorial que os vinhos de mínima intervenção, uvas autóctones e métodos sustentáveis estão provocando.

A inspiração veio após o evento Sip of South America 2025, em Nova York, onde o Brasil, ao lado de outros países da região, brilhou com autenticidade e diversidade.

Com sua escrita sempre sensível e provocativa, Carol convida à escuta e ao desapego de preconceitos. Porque, como ela mesma diz: “o futuro do vinho sul-americano está sendo escrito com mais coragem e com um olhar generoso para o passado”.

Sip of South America 2025
Wine Enthusiast – Sip of South America – Foto: Reprodução

O passado é o futuro do vinho sul-americano

Na última semana, me emocionei ao ler sobre o evento Sip of South America 2025, promovido pela Wine Enthusiast em Nova York. Pela primeira vez, o Brasil marcou presença com espumantes elaborados pelo método tradicional e Syrahs de Minas Gerais que surpreenderam sommeliers americanos. Mas o que mais me tocou foi perceber como o vinho sul-americano está, de fato, vivendo um ponto de virada, e, como esse movimento ecoa com meu próprio caminho nos últimos anos.

Amo e bebo todos os estilos de vinho, mas foi nos vinhos sustentáveis e na descoberta de novas uvas que minha paixão realmente se aprofundou. Lembro da alegria ao abrir uma garrafa de Criolla Chica ou Pedro Gimenez da Argentina, ou da uva País do Chile, e contar aos clientes que aquelas castas, por muito tempo vistas como ‘menores’ e quase esquecidas, hoje são símbolo de um resgate identitário. Ou ainda, de servir um Lorena brasileiro (uva desenvolvida pela Embrapa) e ver o espanto diante do frescor e personalidade que aquela taça entrega.

Essa nova onda não é moda passageira. É um retorno às raízes. Um gesto de resistência às mudanças climáticas, mas também um reposicionamento narrativo: contar as histórias das famílias produtoras, mostrar a pluralidade da América do Sul, desafiar estereótipos que nos reduziram a apenas Malbecs parrudos ou Carménères excessivamente amadeirados.

Outro fator impossível de ignorar é como o resgate das uvas autóctones e crioulas acontece justamente quando os vinhos naturais e de mínima intervenção voltam a ocupar espaço e prestígio mundo afora. Mas, enquanto ganham força, ainda enfrentam preconceitos — tanto no paladar quanto na escuta. Muita gente torce o nariz, repete chavões, diz que “não gosta”, que “tem cheiro estranho”, que “não parece vinho”. Quase sempre, de quem nunca experimentou um vinho natural bem feito.

O mais curioso? Esses vinhos, que muitos tratam como “modinha” ou “alternativos”, são justamente os mais antigos, e, paradoxalmente, os mais modernos. Eles falam de ancestralidade, de identidade e também de futuro. Talvez por isso provoquem tanto incômodo: colocam em xeque certezas enraizadas.

Ainda assim, a resistência é tanta que já presenciei situações curiosas: clientes que elogiaram um vinho, mas, ao saber que era biodinâmico, quiseram devolver. Isso aconteceu com uma garrafa da Albert Bichot, tradicional casa da Borgonha que hoje conduz grande parte de seus vinhedos de forma orgânica e biodinâmica.

Na América do Sul, o cenário é semelhante. Muita gente ama os vinhos da De Martino ou da vinícola Emiliana (Chile) — talvez a vinícola orgânica mais conhecida do continente, com rótulos como o Adobe Reserva — sem imaginar que são 100% orgânicos. No Uruguai, a Garzón segue o mesmo caminho. Em Portugal, a Quinta de Covela e a Niepoort são bons exemplos dessa transição.

Ou seja: talvez a gente já esteja bebendo vinhos naturais sem saber (e adorando).

Falta menos preconceito e mais curiosidade. Menos rejeição e mais escuta. Porque vinho é encontro. E encontro exige abertura.

O que hoje parece novo, na verdade, é retorno. Sempre digo que o passado é o futuro do vinho. Antes da industrialização, era assim que se fazia: sem agrotóxicos, sem aditivos, com fermentações espontâneas e total conexão com o terroir.

Ver tantos estilos, vinificações e uvas ganhando espaço em um evento como o Sip of South America é potente. Ter nossos vinhos reconhecidos lá fora é colocar a América do Sul no mapa mas com nossa identidade completa.

Daniella Lauricella, Fernando Navas e Oscar Garcia Moncada falaram com clareza sobre esse movimento de retorno às uvas autóctones, às vinhas antigas, à expressão viva do terroir. A jornalista Jesica Vargas lembrou de regiões como Itata, Maule e Limarí, que estão resgatando castas patrimoniais e produzindo vinhos vibrantes e vivos.

Que bom ver espumantes brasileiros sendo aplaudidos fora do país. Que bom ver as Syrahs mineiras surpreendendo em Nova York. Que bom ver o sul-americano assumindo, com coragem, sua pluralidade.

O futuro do vinho sul-americano está sendo escrito com mais coragem, mais autenticidade e mais escuta. E que bom que, nesse caminho, a gente esteja voltando às origens.

Porque, no fim das contas, é no que é simples, verdadeiro e vivo que mora a beleza da taça.

Carol Souzah sommèliere e jornalista

Sobre Linha Editorial e a Carol Souzah

Carol Souzah é sommelière, jornalista e nova colunista do Muito Gourmet.

A sommelière abordará inovações no mundo dos vinhos, curiosidades, harmonizações, aspectos socioeconômicos, sustentabilidade, ética na produção e muitas dicas.


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Jeanne Garcia Confeitaria lança brunch junino com releituras criativas e sabores do Nordeste

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Clássicos das festas de São João ganham nova roupagem em um brunch exclusivo aos fins de semana, em Salvador

Durante todo o mês de junho, a Jeanne Garcia Confeitaria, na Pituba, se transforma em um verdadeiro arraial gourmet. Em homenagem às festas juninas, o espaço lança o “Brunch Junino”, servido aos sábados e domingos, das 8h às 12h, com criações que reinterpretam os sabores afetivos do Nordeste com sofisticação e inventividade.

jeanne garcia
Jeanne Garcia – Foto: Pedro Mascarenhas

Brunch Junino: Um passeio pelos sabores do São João

O cardápio do brunch é uma celebração à tradição junina, com pratos que reverenciam ingredientes emblemáticos como milho, cuscuz e queijo coalho, mas sempre com um toque autoral. Entre os destaques, está o Milho Sweet Chilli, servido com molho de alho, pimenta dedo-de-moça, parmesão e um leve toque cítrico.

Outra estrela é o Cuscuz Sertanejo, com carne do sol na nata, além da versão vegetariana, com shimeji refogado, ideal para quem busca uma alternativa saborosa sem proteína animal.

Já o Croissant Nordestino impressiona ao combinar fumeiro desfiado com creme de queijo e o típico molho lambão, traduzindo a alma nordestina em uma releitura da panificação francesa.

Para adoçar com afeto e inovação

E como não poderia faltar, o clássico Bolo de Milho ganha sofisticação ao ser servido com cream cheese, calda de goiabada e parmesão, uma união entre memória afetiva e técnica refinada. As opções do brunch podem ser combinadas com cafés especiais em combos exclusivos.

Datas especiais e funcionamento

O Brunch Junino será oferecido aos sábados e domingos do mês, das 8h às 12h. Durante o feriadão de São João (19 a 21/06), o brunch continua sendo servido pela manhã, enquanto a casa funcionará das 14h às 18h. A confeitaria permanecerá fechada de 22 a 24 de junho.

O endereço é Rua Ramalho Ortigão, nº 30, Pituba, próximo ao Almacen Pepe, um espaço charmoso para vivenciar o São João com novos sabores e muita elegância.


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Finalistas do Campari Bartender Competition 2025 agitam Guest Bartender no Purgatório Bar

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Evento reúne semifinalistas da competição e chefs de destaque

A efervescente cena da coquetelaria baiana ganha um novo e saboroso capítulo no dia 17 de junho (terça-feira), a partir das 19h30, com uma edição especial do Guest Bartender, no Purgatório Bar, localizado na Pituba. O evento promete uma fusão intensa entre drinques autorais e alta gastronomia, reunindo talentos reconhecidos nacionalmente em uma noite de celebração sensorial.

Mixologistas premiados sobem ao balcão

Quem comanda a coqueteleira são nomes de peso da coquetelaria baiana: Hilley Júnior e Sol Cerqueira, ambos semifinalistas do Campari Bartender Competition 2025, trazem ao público uma performance marcada por técnica apurada, sabores ousados e identidade marcante. O time se completa com Vitória Olivier, mixologista cearense e chefe de bar do refinado Nico Bistrô, em Fortaleza.

Cada drinque da noite será uma viagem sensorial, com propostas que vão do clássico reinterpretado ao experimental tropical, refletindo a diversidade criativa da nova coquetelaria brasileira.

Menu exclusivo criado a quatro mãos

Na cozinha, o anfitrião Edu Moraes, chef residente do Purgatório, convida Victor Bebé, chef do contemporâneo Sagratto Café Bar, no Bonfim. Juntos, elaboram um menu harmonizado especialmente para o evento, trazendo releituras e provocações gustativas em pratos que dialogam com os coquetéis servidos.

A proposta vai além da soma de talentos: é um verdadeiro laboratório criativo onde drinques e pratos se entrelaçam.

Uma noite para celebrar trocas e experiências

Mais do que um evento gastronômico, o Guest Bartender se consolida como um espaço de encontros e trocas entre profissionais da mixologia e da culinária, e também como uma experiência imersiva para o público.

Em uma atmosfera descontraída e autoral, os convidados têm a oportunidade de explorar novas fronteiras de sabor e estilo.

As reservas para a edição de 17 de junho já estão abertas e podem ser feitas diretamente pelo site oficial do Purgatório.


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Mariposa Salvador Shopping lança “Salada Show”: monte sua salada grátis no almoço

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Nova ação reforça o compromisso da casa com refeições leves, criativas e personalizadas

Uma explosão de cores, sabores e frescor: essa é a proposta do novo “Salada Show”, ação lançada pelo restaurante Mariposa Salvador Shopping, que promete transformar o almoço em uma experiência ainda mais completa e saudável.

A dinâmica é simples: na compra de qualquer prato principal ou grelhado saudável, o cliente ganha o direito de montar sua própria salada, escolhendo entre uma variedade de ingredientes frescos disponíveis na vitrine da casa.

A promoção é válida todos os dias, durante o almoço, exclusivamente na unidade localizada no Piso L3 do Salvador Shopping, e reforça o posicionamento do Mariposa como referência em alimentação leve, criativa e equilibrada.

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Salada Show do Mariposa Salvador Shopping – Foto: Pedro Ribeiro

Salada Show: uma experiência sob medida

Mais do que uma ação promocional, o Salada Show tem foco na personalização e da liberdade de escolha. O cliente pode selecionar seus ingredientes diretamente na vitrine do restaurante, compondo sua salada do jeito que preferir; seja com folhas variadas, vegetais frescos, grãos, molhos especiais e acompanhamentos que se adaptam a diferentes estilos de vida.

Cardápio afetivo e cheio de novidades

Com um novo cardápio afetivo que valoriza o frescor e a qualidade dos ingredientes, o Mariposa segue fiel ao seu propósito. Além dos tradicionais crepes, pratos autorais e opções democráticas, o restaurante acaba de renovar o menu com itens como bowls, pizzas de fermentação natural, sobremesas artesanais, pokes e grelhados saudáveis.

O Salada Show chega para somar a essas novidades, oferecendo sabor e nutrição sem custos adicionais.


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A Cachaça caminha para se tornar Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil

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Do alambique à história: o movimento que quer consagrar a cachaça como símbolo nacional

A cachaça de alambique, um dos produtos mais autênticos e simbólicos da identidade brasileira, está prestes a conquistar o reconhecimento como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.

O movimento ganhou força durante a segunda edição do Festival da Cachaça de Brasília, onde produtores, estudiosos, entidades representativas e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) deram início formal à articulação nacional em torno desse objetivo histórico.

Esse reconhecimento tem peso simbólico profundo: não se trata apenas de valorizar uma bebida, mas de resgatar um legado enraizado na história, no sabor e na alma do povo brasileiro.

festival de cachaca de brasilia
Arthur de Castro, Edilane Oliveira, Jean Henrique de Oliveira,  João Chaves, Leandro Gras, Ellen Aurélio, Raimundo Freire, Sérgio Maciel, Elk Barreto – Foto: Divulgação

Uma criação brasileira, ainda injustamente subestimada

A cachaça é o primeiro destilado das Américas e nasceu aqui, no Brasil, no século XVI. Feita a partir da cana-de-açúcar e destilada em alambiques com técnica e tradição centenárias, ela é, até hoje, 100% brasileira. No entanto, sua trajetória foi marcada por preconceito e invisibilização. Enquanto vinhos e destilados estrangeiros foram elevados ao status de sofisticação, a cachaça foi marginalizada, associada a estigmas e estereótipos equivocados.

Esse desprestígio cultural impacta diretamente a economia de milhares de pequenos produtores artesanais, que mantêm vivo o conhecimento ancestral em mais de 4 mil rótulos registrados no país. O reconhecimento oficial como patrimônio é um passo decisivo para mudar essa narrativa e transformar a forma como o Brasil se enxerga através da sua cultura líquida.

Raimundo Freire, a voz da memória

Entre os protagonistas dessa jornada, está o colunista do Muito Gourmet, Raimundo Freire, que é pesquisador, contador de histórias e referência nacional quando o assunto é cachaça baiana.

Há mais de 12 anos, Raimundo investiga e documenta as trajetórias de alambiques, mestres produtores e marcas que carregam o DNA da cultura popular. Agora, ele se torna também agente do futuro dessa tradição.

Integrante ativo do grupo de trabalho que formalizará o pedido ao Iphan, Raimundo representa a Bahia e contribui com sua expertise histórica e cultural para consolidar o dossiê de registro. Sua atuação reforça que a cachaça não é apenas tema de pesquisa, é missão de vida, e sua valorização é também um ato de resistência cultural.

O caminho para o reconhecimento oficial

Segundo Leandro Grass, presidente do Iphan, o processo começou com o mapeamento das práticas artesanais em todo o país. A próxima etapa envolve a sistematização desse conhecimento e a formalização do pedido de registro.

O modelo de inspiração vem da bem-sucedida experiência com o queijo artesanal mineiro, já reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial. A lógica é a mesma: proteger o saber tradicional, gerar políticas de valorização e integrar economia, cultura e identidade de forma estruturada.

Um país dentro de uma garrafa

O Festival da Cachaça de Brasília revelou o tamanho e a diversidade do setor. Foram 96 expositores de 18 estados, mais de 600 rótulos apresentados. A Bahia, em destaque, esteve representada por marcas renomadas como Caraguataí, Cambuí, Rio do Engenho, Paramirim, Poço da Pedra, Arapuá, Matriarca e Piripá.

Cada uma delas expressa um território, um sotaque, uma história. E é justamente essa pluralidade regional que o reconhecimento oficial busca proteger: não se trata de uma bebida, mas de um ecossistema cultural que une tradição, inovação e identidade.

Cachaça é memória, orgulho e futuro

Edilane Oliveira, diretora do Instituto Brasileiro de Integração (IBI), sintetizou bem o espírito do movimento ao declarar:

“Hoje brindamos não apenas uma bebida, mas um verdadeiro patrimônio brasileiro. A cachaça é parte viva da nossa história.”

Esse reconhecimento é um gesto de reparação simbólica, mas também uma aposta estratégica no futuro. Ele projeta a cachaça como vetor de turismo cultural, geração de renda local, estímulo à produção artesanal e resgate do orgulho nacional.

Ao valorizar a cachaça, o Brasil não está apenas protegendo um produto, está afirmando sua própria identidade.


Muito Gourmet acompanha e apoia este movimento, por uma gastronomia que honra suas raízes e celebra sua autenticidade.

Como a elite gastronômica molda o gosto popular (sem você perceber)

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O sabor é uma construção social, e muitas vezes, uma construção elitista

Gosto popular? Você já reparou como, de tempos em tempos, certos ingredientes, pratos ou formas de preparo se tornam quase onipresentes nos cardápios? De uma hora pra outra, o pistache invade os doces, a taça de vinho “X” vira ritual obrigatório e cortes como a língua ou a moela saem do “marginalizado” para o “gourmet”.

Isso não acontece por acaso. É o resultado de uma engrenagem sutil, e poderosa, que define o que é bom gosto na gastronomia.

De cima para baixo: o paladar como hierarquia social

O que chamamos de “gosto” é, muitas vezes, uma narrativa imposta. Chefs renomados, críticos influentes, sommeliers e curadores de experiências gastronômicas determinam o que deve ser desejado. Essa elite, concentrada em restaurantes premiados, revistas especializadas e perfis de alto alcance nas redes sociais, atua como filtro e farol: decide o que é relevante e o que será descartado.

Essas decisões não apenas afetam os hábitos dos frequentadores de alta gastronomia, mas descem em cascata até chegar ao cotidiano. O prato reinterpretado por um chef francês, por exemplo, é traduzido em versões simplificadas que se espalham por bistrôs, food trucks, redes de delivery e, por fim, pelo gosto popular.

Quando o pistache vira febre e a moela vira luxo

Pegue o pistache como exemplo. Durante anos, esse ingrediente passou despercebido fora de nichos específicos. Mas bastou algumas confeitarias renomadas o colocarem no centro de doces ultrafotogênicos, com recheios cremosos, tons pastéis e embalagens de luxo, para que ele se tornasse onipresente: em ovos de Páscoa, panetones, cafés, croissants. A demanda não nasceu no gosto popular, mas na influência do topo.

Agora pense na moela, na língua, na lambreta. Ingredientes comuns à mesa de muitas famílias baianas e nordestinas, por vezes tratados como “comida de segunda”. Esses pratos resistiram por gerações, silenciosamente. Só depois que passaram pelo toque de chefs de renome, com espumas, coulis, redução de vinho, que começaram a ser valorizados.

Quando a validação chega, tudo muda, menos a origem

A história se repete com os ingredientes nativos do Brasil: cajuína, beiju, farinha de copioba. Produtos antes vistos como rurais, simples ou “pouco refinados” agora aparecem em menus degustação de casas estreladas, na forma de purês minimalistas, reduções ácidas e apresentações em cerâmica artesanal. De repente, ganham status. Mas o sabor? Ele sempre esteve lá.

A elite não inventa o sabor, ela valida. E o mercado responde imediatamente.

Comer como ato de status (e não só de prazer)

A alimentação deixou de ser apenas necessidade ou prazer. Tornou-se um instrumento de identidade, status e pertencimento. Ter “bom gosto” hoje é saber argumentar, conhecer harmonizações, seguir chefs premiados, frequentar lugares certos.

Comer, para muitos, virou performance. E nessa performance, o gosto é moldado para agradar mais aos outros do que ao próprio paladar.

A pergunta que fica: o que você realmente gosta de comer?

Se o seu gosto foi moldado, como saber o que é realmente seu? A provocação aqui é simples: questione as tendências.

Valorize o que sempre esteve à sua volta; ingredientes ancestrais, técnicas familiares, receitas de quintal.

E aqui no Muito Gourmet, sabemos que fazemos parte dessa estrutura.

Afinal, ao selecionar temas, destacar pratos ou contar histórias, exercemos influência, mesmo quando a intenção é apenas valorizar.

Por isso, escolhemos operar com consciência:
Queremos revelar sabores, não impor modas.
Queremos também provocar, não ditar o gosto popular.
Queremos servir a cultura, não moldá-la.

O verdadeiro sabor não precisa de rótulo.
Só de respeito.


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Onde Comer no Dia dos Namorados em Salvador: 6 Experiências Românticas para Saborear a Dois

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Porque o amor merece ser celebrado, mesmo com um toque publicitário

Sim, nós sabemos. Já somos grandinhos, entendemos o capitalismo, a força do marketing e conhecemos a história do publicitário João Doria que, lá em 1949, criou o Dia dos Namorados no Brasil para aquecer o comércio em junho. Mas vamos ser honestos: o amor também vive de clichês.

De jantares à luz de velas, brindes com espumante, músicas românticas e sobremesas divididas com a pontinha da colher. É nisso que acreditamos. E foi por isso que selecionamos seis lugares em Salvador para você viver o clichê da melhor maneira.

Seja no alto do Bonfim, à beira da Baía de Todos-os-Santos ou no aconchego de um brunch matinal, aqui estão nossas 6 sugestões para celebrar o amor com sabor e sofisticação no Dia dos Namorados 2025.

Sagratto: Amor com promessa na Colina Sagrada

No Sagratto Café Bar, o jantar “Sagrado Amor” promete transformar a noite do dia 12 de junho em uma celebração espiritual e sensorial. À luz de velas e ao som de DJ Processman e do pocket show intimista de Anallu Alvim, o menu em quatro etapas é servido com duas taças de vinho ou espumante.

O toque especial? Um cadeado personalizado com os nomes do casal, para ser preso na escadaria do mirante do Senhor do Bonfim, um gesto simbólico que mistura fé, tradição e poesia.

Valor: R$ 480 o casal
Reserva: Via site do Sagratto
Local: Colina do Bonfim

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Sagratto Café Bar – Foto: Divulgação

Fasano Salvador: Alta gastronomia e música com vista de cinema

O Dia dos Namorados no Hotel Fasano Salvador é uma experiência completa. No rooftop, a Baía de Todos-os-Santos serve de cenário para o show de Jau, com abertura do DJ Matheus Cê. Já o jantar no restaurante Gero Salvador é comandado pelo chef Bahia Brito, com um menu italiano em três tempos que inclui pratos como risotto de camarão e aligot com filé mignon.

A noite ainda pode se estender com as tarifas especiais para hospedagem romântica.

Informações: (71) 2201-6336
Local: Hotel Fasano – Centro Histórico

hotel fasano 2025
Hotel Fasano Salvador – Foto: Divulgação

Cremonini Ristorante: Sete etapas de Amor à Italiana

Na Pituba, o chef Massimo Cremonini propõe um verdadeiro festival gastronômico de sete etapas, La Notte D`Amore, com ingredientes nobres e receitas de inspiração romana. Vieiras, steak tartare, camarão GG, massas artesanais e sobremesas memoráveis compõem o menu exclusivo de R$260 por pessoa, pensado para encantar paladar e coração.

Valor: R$260 por pessoa
Reserva: (71) 99694-2032
Local: Rua Alexandre Herculano, 18 – Pituba

dia dos namorados 2025 cremonini
Vieiras com Molho de Tangerina, Romã e Avelã – Foto: Divulgação

Allê Varanda Bar: Para compartilhar sabores e estrelas

Com clima intimista e apenas 30 mesas por turno, o Allê Varanda Bar celebra o amor com o menu “Per Condividere”, são seis etapas que transitam entre mar e terra, idealmente harmonizadas com vinhos selecionados. O jantar começa com um spritz de boas-vindas e termina com uma trilogia de sobremesas. Tudo ao som do cantor Jeff Duque e do violoncelista André Miranda.

Valor: R$ 550 o casal (sem harmonização) / R$ 800 (com harmonização)
Reserva: (71) 98324-6611
Local: Largo do Santo Antônio Além do Carmo

Dia dos Namorados em Salvador
Carbonara di Polpo – Foto: Divulgação

Jeanne Garcia Confeitaria: Brunch romântico com sotaque junino

Para os casais que preferem o nascer do dia ao pôr-do-sol, a Jeanne Garcia Confeitaria prepara um brunch especial no dia 12 de junho, das 8h às 12h. Além das opções clássicas, há a estreia da Passion Choux, feita com baunilha, morango, maracujá e manjericão, perfeita para dividir de colherzinha.

O café é assinado pela Garbo, marca baiana que privilegia produtores locais da Chapada Diamantina.

Local: Rua Ramalho Ortigão, 30 – Pituba (Paulo VI)
Horário: 8h às 12h
Valor: Consultar no local

Dia dos Namorados 2025
Passion Choux – Foto: Divulgação

Leto Gastronomia: Uma noite de charme na Bahia Marina

Localizado na elegante Bahia Marina, o Leto Gastronomia oferece um jantar em quatro etapas com a assinatura do chef Rapha Sepúlveda. A experiência inclui pratos como angus ao vinho do Porto e sobremesa com semifreddo de chocolate branco e calda de pistache. A música ao vivo com Alexandre (voz e violão) completa a atmosfera romântica.

Valor: R$ 450 o casal
Reserva: (71) 99201-7267
Local: Bahia Marina – Avenida Lafayete Coutinho

Dia dos Namorados em Salvador
Chef Raphael Sepúlveda do Leto Gastronomia – Foto: Divulgação

Amor com todos os sentidos

Independentemente da escolha, o que vale é celebrar o amor com sabor, afeto e memórias que durem mais que a sobremesa. Porque no fim das contas, a gente sabe que o amor é comercial, mas também é coisa séria. E nada mais sério (ou delicioso) do que uma boa mesa posta para dois. Viva o Amor!


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O plano dos Estados Unidos para encher o Brasil de Pistache

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O sabor da vez não nasceu no Brasil (e nem por acaso)

Pistache no Brasil virou sinônimo de sofisticação instantânea, mesmo sem nunca ter sido plantado aqui. Está no cookie artesanal, no gelato italiano da moda, no pudim repaginado da confeitaria autoral e no panetone de fim de ano.

O tom verde-pálido tomou as vitrines com força. Mas essa febre não nasceu do gosto popular. Ela é parte de um plano bem articulado, liderado pelos Estados Unidos, para transformar o Brasil em consumidor fiel de um produto que tem muito mais a ver com geopolítica do que com sobremesa.

O Brasil não cultiva pistache. Mesmo assim, em 2024, importou mais de mil toneladas. Oito em cada dez quilos vieram dos Estados Unidos.

bolo de pistache
O plano dos Estados Unidos para encher o Brasil de Pistache

Um plano com nome, sobrenome e investimento

Desde 2020, o governo americano atua com foco no Brasil para transformar o pistache em símbolo de sofisticação. A estratégia inclui participação em feiras gastronômicas, ações com chefs brasileiros, collabs com influencers e parcerias com restaurantes renomados.

Não é coincidência. É plano. Os EUA hoje lideram a produção global da noz, graças a décadas de investimento agrícola na Califórnia. Com plantações que duram até cem anos, o excedente é enorme. Para escoar esse volume, o Brasil foi escolhido como mercado-chave.

Tudo começou com uma crise diplomática

Originalmente, quem liderava o mercado global de pistache era o Irã. Mas após a crise dos reféns, em 1979, os Estados Unidos romperam relações diplomáticas e comerciais com os iranianos. A partir daí, passaram a desenvolver sua própria produção da noz, com tanto sucesso que, em 2016, ultrapassaram o antigo rival.

O pistache que hoje enfeita sobremesas brasileiras é, portanto, um subproduto direto de um conflito internacional.

O Brasil virou consumidor. Mas podia ser protagonista

Enquanto o pistache recebe atenção institucional, nossas castanhas nativas seguem à margem. A castanha de caju custa até três vezes menos e é rica em nutrientes. A do Pará representa a biodiversidade amazônica. A de baru, o Cerrado.

Mas nenhuma delas conta com um plano de valorização. Não há campanha nacional, nem incentivo consistente, nem projeto de posicionamento. E o resultado é claro: o que falta em marketing, sobra em invisibilidade.

Cultivar autoestima alimentar é mais urgente que plantar pistache

A Embrapa já estuda cultivar pistache no Ceará. É um passo interessante. Mas mais importante do que adaptar o produto estrangeiro é promover com inteligência o que já é nosso.

O pistache virou moda porque alguém contou a história certa, com o investimento certo, no momento certo. Isso é soberania narrativa. E também é soberania alimentar.

Comer é também um ato político

O que está no nosso prato é resultado de decisõe; comerciais, diplomáticas, midiáticas. Se o pistache é o sabor do momento, é porque houve um projeto para isso acontecer.

A pergunta é: quando vamos fazer o mesmo com a castanha de caju? Com o cumaru? Com o baru? O Brasil precisa deixar de ser um eterno consumidor do desejo alheio.

Só há um caminho para isso: estratégia.


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Manual descomplicado das taças de vinho: O que é realmente necessário na hora de servir

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Qual taça de vinho usar? Um guia sem frescura para servir vinho com elegância

Se você já ficou na dúvida sobre qual taça usar para cada tipo de vinho, ou se se perguntou se isso realmente faz diferença, esta coluna é pra você. Em mais um texto envolvente e direto, a sommelière Carol Souzah convida à descomplicação: nem tudo que reluz é cristal, mas entender o que cada uma faz pode transformar sua experiência.

Mais do que técnica, o vinho é feito de contexto, afeto e presença. E a escolha da taça pode ser, sim, um detalhe que afina os sentidos sem perder o prazer. Carol traduz o universo das taças com leveza e autoridade, mostrando que é possível brindar com consciência, sem abrir mão da simplicidade.

Manual descomplicado das taças de vinho: O que é realmente necessário na hora de servir

Você realmente precisa de uma diferente para cada vinho? Na minha opinião, não. Ou melhor: depende. Sei que esse é um tema espinhoso (e curioso) pra muita gente, por isso hoje quero falar sobre as lindas e temidas taças de vinho.

Pra começar: não precisa gastar uma fortuna. Sinceramente, não acho necessário ter um arsenal de taças para aproveitar um vinho com qualidade e prazer. Existem cerca de seis a oito estilos clássicos, e, convenhamos, ninguém quer interromper a noite a cada gole só pra trocar de taça. Imagina: você começa com um Sauvignon Blanc, passa pra um Nebbiolo, depois um Petit Verdot… e, a cada vinho, uma taça diferente? Além de cansativo, isso quase sempre é desnecessário.

Mas você já parou para pensar na real importância de uma boa taça na degustação? Mais do que um copo, ela é a ponte entre o vinho e os nossos sentidos.

Sim, o formato da taça influencia na concentração dos aromas, na oxigenação e na forma como o vinho chega à boca. Taças maiores favorecem tintos encorpados; taças menores preservam a acidez dos brancos; as flûtes mantêm a efervescência dos espumantes. Há lógica nisso tudo — mas também há exagero.

Taça universal: menos pose, mais proveito

Marcas renomadas como a Riedel criaram taças específicas para cada uva: uma para Pinot Noir, outra para Cabernet, outra para Syrah… Mas, para o dia a dia, uma boa taça universal (com haste, boca média e bojo arredondado) já cumpre bem seu papel. Ela serve para brancos e tintos e permite que o vinho se expresse com dignidade, sem exigir uma cristaleira inteira.

Mais do que certo ou errado, pense no contexto: é um jantar despretensioso ou uma degustação técnica? Siga sem exageros.

A evolução das taças: de tulipa técnica à experiência sensorial

Elas foram evoluindo com o tempo. Um exemplo são as taças ISO, técnicas, usadas em concursos e pouco conhecidas fora do meio profissional. Elas surgiram nos anos 1970 com formato em tulipa, ideal para concentrar aromas. Mas a prática mostrou que taças maiores liberam melhor os aromas e transformam a experiência.

taças de vinho ISO
Taça ISO

Concordo demais com Jancis Robinson, uma das maiores referências do vinho: depois que a gente prova numa taça do tamanho certo, não tem mais volta.

E as sem haste? Praticidade ou heresia?

As chamadas “stemless” viraram moda. Práticas, modernas, fáceis de guardar, mas esquentam o vinho com o calor das mãos. Em ocasiões informais, funcionam. Para degustações mais sérias, prefira as tradicionais com haste.

taças de vinho stemless
Taça Stemless

Preciso trocar a cada vinho?

Depende. Se você está fazendo uma sequência lógica, por exemplo, de branco para tinto leve, não precisa trocar. Nem enxaguar. Agora, se for de um tinto encorpado para um branco delicado, o ideal é trocar ou fazer o “avinhamento”: enxaguar com o próximo vinho antes de servir.

Flûte ou tulipa para espumante?

A flute preserva as borbulhas, mas dificulta a liberação dos aromas. Hoje, muitos especialistas preferem taças em formato tulipa ou mesmo taças de vinho branco para espumantes, valorizando a experiência aromática.

Tipos de taças e suas funções

  • Bordeaux: Alta, bojo largo. Para vinhos encorpados como Cabernet Sauvignon.
  • Borgonha: Bojo mais amplo. Para vinhos delicados como Pinot Noir.
  • Chardonnay: Bojo médio e abertura estreita. Preserva aromas.
  • Sauvignon Blanc/Riesling: Taças menores. Mantêm acidez e concentração aromática.
  • Espumantes: Prefira tulipas ou taças de branco.
tipos de taças de vinho
Alguns tipos de Taça de Vinho

Cristal ou vidro? Sim, faz diferença

As de cristal, por serem mais finas e lisas, elevam a experiência. Aromas e sabores se expressam melhor. São mais resistentes e moldáveis. Para os entusiastas, vale o investimento.

Dica da Somm

Se quer praticidade sem abrir mão da qualidade, aposte na taça estilo Bordeaux. É a mais usada em restaurantes e serve bem diversos estilos, especialmente tintos.

No fim das contas, vinho é prazer, afeto e presença. Se a taça ajuda, ótimo. Se não atrapalha, melhor ainda. O importante é brindar sem frescura, com consciência, curiosidade e coração aberto.

taça
Taça Bourdeaux
Carol Souzah sommèliere e jornalista

Sobre Linha Editorial e a Carol Souzah

Carol Souzah é sommelière, jornalista e nova colunista do Muito Gourmet.

A sommelière abordará inovações no mundo dos vinhos, curiosidades, harmonizações, aspectos socioeconômicos, sustentabilidade, ética na produção e muitas dicas.


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Campari Bartender 2025 Competition: Salvador é destaque com Sol Cerqueira e o drink “Sotero”

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Competição reúne os dez melhores bartenders do país e a Bahia está muito bem representada

A 5ª edição da Campari Bartender Competition 2025 entra na sua fase mais instigante: entre os dias 2 e 29 de junho, os dez semifinalistas apresentam ao público suas criações autorais, coquetéis que vão muito além da mistura de ingredientes, mas que contam histórias, evocam raízes e celebram a criatividade brasileira.

E é nesse cenário efervescente que Salvador brilha com luz própria, graças ao talento de Sol Cerqueira, bartender do Purgatório Bar, autora do impactante “Sotero”.

Sotero: um coquetel que nasce da Bahia

O “Sotero” é uma declaração de identidade. O nome faz referência a quem nasce em Salvador, os soteropolitanos, e cada elemento da receita carrega um símbolo ancestral: frutas da terra, sal do mar, óleo ritual, folha sagrada. Tudo isso envolto pelo clássico amargor de Campari, que se reinventa sob a influência da cultura afro-baiana. O resultado? Uma bebida que não apenas representa a Bahia, mas nasce dela.

Visualmente marcante, o drink é servido com gelo artesanal decorado com folha regional e cristais de sal, trazendo à tona camadas de significados e sabores que reverberam a força das tradições. É Salvador em estado líquido.

Sotero, drink de Sol Cerqueira para o Campari Bartender Competition 2025
Sotero, drink de Sol Cerqueira para o Campari Bartender Competition 2025 – Foto: Reprodução

Durante o mês de junho, o “Sotero” estará disponível no Purgatório Bar, em Salvador, e quem o pedir durante o período da competição ainda ganha um gift exclusivo da Campari (sujeito à disponibilidade de estoque).

Confira todos os semifinalistas da Campari Bartender 2025 Competition

Além de Sol Cerqueira, outros nove nomes completam a lista de bartenders que se destacaram na primeira fase da competição, que foi marcada por ousadia e autenticidade. A seguir, os semifinalistas e seus coquetéis:

  • Alieksey MachinskyMykola Lab Bar | Coquetel: Mala e Cuia
  • Tom OliveiraCafé No Bule | Coquetel: A Cor Carmim da Serra
  • Hilley JúniorNômades Bistrô | Coquetel: Caiçara
  • Guilherme FerrariCascasse il Mondo | Coquetel: Amarê
  • Guilherme ZanoniSeu Bragança | Coquetel: Néctar do Vale
  • Sol CerqueiraPurgatório Bar | Coquetel: Sotero
  • Priscila MunizTot Bar | Coquetel: Paixão
  • Rafael MiorinArmazén Smoke | Coquetel: Árvore Sagrada
  • Vitória OlivierNico Bistrô | Coquetel: Guardiã
  • Wanderson CastroArp Bar | Coquetel: Sangue Latino

Esses nomes foram selecionados por um júri técnico por traduzirem, de forma única, o conceito da Campari Bartender Competition: criar narrativas líquidas que combinem estética, técnica, regionalidade e emoção.

Voto popular e final nacional

Nesta segunda fase, além da degustação nos bares participantes, o público pode participar ativamente da disputa votando em seu coquetel favorito no site oficial da Campari Academy Brasil. Os três mais votados avançam para a grande final, onde serão avaliados por um júri de especialistas da coquetelaria.


Serviço:

  • Campari Bartender Competition 2025 – 2ª fase
  • Data: 2 a 29 de junho
  • Votação: Site oficial da Campari Academy Brasil
  • Drink Sotero: Purgatório Bar – Salvador (BA)

Brinde à Bahia e à arte da coquetelaria com o “Sotero”, de Sol Cerqueira — uma história que se bebe.


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