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Afinal, o que é cachaça?

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Tão brasileira quanto o samba, o dendê e o nosso jeitinho de celebrar a vida, a cachaça está presente em festas populares, rituais familiares e incontáveis encontros ao redor do copo. Mas, curiosamente, por estar tão enraizada em nossa cultura, muitas vezes deixamos de olhá-la com a atenção que merece. Familiar demais para despertar curiosidade, próxima demais para ser explorada a fundo.

É justamente para resgatar esse olhar curioso e encantado que nasce a ideia da coluna assinada por Raimundo Freire — bartender, sommelier e apaixonado declarado por esse destilado tipicamente brasileiro.

E, como não poderia deixar de ser, Raimundo fez questão de começar pelo começo. Afinal, antes de explorar sabores, barris e harmonizações, é preciso entender o que é, de fato, a cachaça. Um gesto simples, mas poderoso, para que essa bebida tão nossa nunca mais passe despercebida.

Abra seu paladar, afine seus sentidos. A primeira dose já está servida.

Afinal, o que é Cachaça?

A cachaça é uma bebida alcoólica tipicamente brasileira, considerada um verdadeiro símbolo nacional. Produzida a partir da fermentação e destilação do caldo fresco da cana-de-açúcar, sua origem remonta ao século XVI, nos primeiros engenhos coloniais do Brasil.

Mas o que exatamente faz da cachaça um dos destilados mais fascinantes do mundo? Descubra abaixo:

É brasileira, com orgulho

Assim como o escocês tem o scotch whisky, o francês o champagne e o mexicano a tequila, a cachaça é exclusividade nossa. Para ser considerada cachaça, a bebida deve ser produzida no Brasil, com teor alcoólico entre 38% e 48%. Fora dessa faixa, o nome muda: passa a ser aguardente de cana.

Feita com caldo fresco de cana-de-açúcar

A única matéria-prima da cachaça é a cana-de-açúcar. O caldo — também conhecido como garapa — deve ser extraído no máximo 48 horas após o corte da cana. Isso garante frescor e qualidade ao produto final. Destilados produzidos a partir de outras fontes, como frutas, não podem ser chamados de cachaça.

Um processo artesanal: fermentação e destilação

Após a extração, o caldo de cana é misturado com água e levado às dornas, onde ocorre a fermentação. Leveduras naturais transformam o mosto em “vinho de cana”, que depois é destilado em colunas de inox ou alambiques de cobre. O resultado é uma bebida fermento-destilada, rica em identidade.

Pode conter açúcar — mas com limites

A legislação brasileira permite a adição de até 6g de açúcar por litro (sacarose). Acima disso, até o limite de 30g, a bebida passa a ser classificada como “cachaça adoçada”. Esse perfil é mais comum na produção industrial, mas também pode ocorrer em cachaças artesanais envelhecidas, quando o açúcar é naturalmente absorvido da madeira.

A importância dos congêneres

Diferente da vodca, que é múltipla e neutra na destilação, a cachaça é monodestilada. Isso significa que muitos compostos aromáticos formados na fermentação — como aldeídos, ésteres e ácidos — permanecem na bebida, contribuindo para seu caráter complexo, encorpado e profundamente aromático.

As nossas madeiras: identidade sensorial do Brasil

A cachaça pode ser consumida “branquinha”, sem envelhecimento, mas também pode amadurecer em madeiras nobres. Barris de carvalho são os mais usados, mas a grande riqueza está nas madeiras brasileiras, como amburana, bálsamo, jequitibá, ipê, grápia e cabreúva. Cada uma imprime à bebida um perfil sensorial único, com notas que vão do floral ao resinoso, do doce ao amadeirado.

Mais que bebida: patrimônio cultural

A cachaça não é apenas um destilado — ela é celebração, história e resistência. Da caipirinha à degustação pura, ela acompanha festas populares, rodas de samba e encontros familiares. É presença marcante nos festejos juninos e tema de festivais pelo Brasil. Com ela, brindamos à memória, à cultura e ao sabor.

Raimundo Freire, sommelier de Cachaça

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Guest Bartender: Alex Sepulchro traz o Sub Astor ao Purgatório Bar

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Guest Bartender de abril traz a Salvador a sofisticação do Sub Astor e sua coquetelaria universal brasileira

O Purgatório Bar, ganhador do Melhores de Salvador na categoria Melhor Carta de Drinks de 2024, retoma com força total sua aguardada agenda de Guest Bartenders. Nos dias 14 e 15 de abril, o bar localizado na Pituba — que figura entre os 500 melhores bares do mundo, ocupando a 430ª posição no Top 500 Bars 2024 — recebe o Alex Sepulchro, do lendário Sub Astor, de São Paulo.

Alex Sepulchro
Alex Sepulchro – Foto: Divulgação

Dois dias de imersão na alta coquetelaria

A programação tem início no domingo, 14 de abril, com uma Masterclass exclusiva voltada para profissionais do setor. Com o tema “Sub Astor, coquetelaria universal brasileira”, Alex compartilha a filosofia por trás de uma das casas mais respeitadas do mundo, revelando os caminhos para unir técnicas internacionais com ingredientes e identidade 100% nacionais.

Na segunda-feira, 15 de abril, às 19h30, o público poderá vivenciar de perto o talento do bartender convidado durante a noite especial de Guest Bartender, uma celebração efervescente dos sabores e da criatividade que definem a coquetelaria contemporânea.

Sub Astor: referência global com alma brasileira

Fundado em 2009, o Sub Astor é considerado um dos pilares da mixologia no Brasil. Com seu estilo speakeasy e atmosfera intimista, o bar conquistou prestígio internacional ao propor uma coquetelaria que valoriza ingredientes nacionais sem abrir mão da sofisticação técnica. Em 2021, estreou na cobiçada lista do World’s 50 Best Bars, ocupando a 87ª posição. Em 2024, subiu para o 85º lugar, com seu Negroni eleito o melhor do Brasil pela Prazeres da Mesa.

Salvador como palco da coquetelaria de ponta

A presença de Alex Sepulchro no Purgatório representa não apenas uma conexão entre dois dos bares mais respeitados do país, mas também consolida Salvador como um destino relevante para os amantes da coquetelaria de alto nível. Sob a curadoria criativa de Jonatan Albuquerque, um dos sócios e Diretor de Criação do Purgatório, essa troca de saberes e sabores reafirma o compromisso do bar baiano com a inovação e a excelência.

jonathan purgatorio
Jonatan Albuquerque – Foto: Divulgação

Reservas e experiência completa

As reservas para a noite de Guest Bartender estão disponíveis pelo site oficial do Purgatório Bar, e a expectativa é de casa cheia. É a chance de experimentar coquetéis autorais e interagir com um dos grandes nomes da mixologia latino-americana, em uma atmosfera que mistura sofisticação, irreverência e muito sabor.

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Purgatório Bar – Foto: Divulgação

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Pizza romana em Salvador ganha novo endereço no Rio Vermelho

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Nova casa no Rio Vermelho aposta na tradição italiana com ingredientes premium e atmosfera descontraída

Salvador ganha mais um endereço de peso para os amantes da boa mesa: o recém-inaugurado Pizza Social Club, no coração do Rio Vermelho, chega com uma proposta clara — consolidar a pizza romana em Salvador como referência de qualidade, leveza e sabor.

Localizado na Travessia Basílio de Magalhães, nº 19A, o espaço aposta na clássica pizza de estilo romano, servida em fatias generosas ou inteira, com massa de fermentação lenta e ingredientes criteriosamente selecionados. A casa funciona no modelo híbrido, com atendimento direto por uma charmosa janela ou por delivery via iFood, mantendo o frescor e a crocância típicos do estilo.

Espalhando a cultura da pizza romana em Salvador

O trio de sócios à frente do projeto — Sylvain Putallaz, Flavien Gallizioli e Thomás Duprat — já é conhecido na cena gastronômica da capital baiana pela condução do restaurante Cöa. Agora, os empresários suíços e francês investem na difusão da pizza romana em Salvador, trazendo um produto com forte apelo internacional, mas que se adapta com personalidade ao paladar local.

O diferencial da casa está no rigor técnico e na valorização de cada etapa do preparo: da farinha especial ao azeite de altíssima qualidade, passando pelos insumos frescos e de origem controlada. O resultado? Uma pizza leve, crocante e cheia de nuances — perfeita para ser degustada com calma ou dividida entre amigos.

Cardápio versátil e identidade marcante

Com sabores que equilibram clássicos italianos e criações autorais, o cardápio da Pizza Social Club promete agradar diferentes paladares. Entre os destaques estão a Abacaxi com Camarão, a surpreendente Trilogia de Queijos, a Pesto com Búfala, além de versões tradicionais como Margherita, Pepperoni, Portuguesa, Toscana, Frango e Parma.

A proposta é simples, mas ambiciosa: transformar cada visita em uma experiência gastronômica memorável, mostrando que a pizza romana em Salvador pode — e deve — ser celebrada com o mesmo prestígio que recebe em Roma, Paris ou Nova York.

Um novo ritual no Rio Vermelho

Mais do que uma pizzaria, o Pizza Social Club se posiciona como um espaço de convivência — de onde vem, inclusive, o “social” no nome. A janela de atendimento estimula o contato direto, a informalidade elegante e o clima descomplicado, tudo isso em plena efervescência do Rio Vermelho, bairro que respira cultura, música e boa comida.

Com essa combinação de tradição italiana, excelência técnica e toque baiano, o Pizza Social Club já se consolida como um dos principais endereços para quem busca a verdadeira pizza romana em Salvador.


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Sem moderação: o boom dos vinhos e bebidas sem álcool

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Durante muito tempo, brindar sem álcool parecia sinônimo de abrir mão do sabor ou da experiência. Mas algo mudou — e rápido. Das cartas de vinhos aos encontros entre amigos, uma nova geração de rótulos e hábitos está ganhando espaço nas taças. Neste artigo, a sommelière Carol Souzah mergulha no universo dos vinhos sem álcool, com olhar atento às tendências, às transformações do mercado e às possibilidades que cabem em cada gole.

Sem moderação: o boom dos vinhos e bebidas sem álcool

Você já percebeu como, de uns tempos para cá, as prateleiras dos mercados e as cartas de bares e restaurantes passaram a oferecer mais opções de bebidas sem álcool? Tenho pensado muito nisso no último ano, pois vejo acontecer tanto entre meus amigos quanto nas mesas dos lugares por onde passo: um verdadeiro boom no consumo dessas bebidas — de cervejas e drinks a, claro, vinhos.

Depois de muito ler e conversar com consumidores sobre o assunto, não acredito que seja apenas uma moda passageira, mas sim uma mudança real nos hábitos de consumo. O vinho, esse símbolo de celebração e prazer, também entrou na onda, e cada vez mais pessoas estão trocando a taça tradicional por uma versão sem álcool. Mas o que está por trás desse movimento? Saúde, bem-estar, responsabilidade ao dirigir, novas experiências ou pura curiosidade?

Os vinhos sem álcool são bons?

Na minha visão, a qualidade dos vinhos sem álcool melhorou bastante nos últimos anos. Antes, muitos eram apenas sucos gasosos sem complexidade. Hoje, com novas técnicas, eles conseguem manter estrutura, acidez e aromas interessantes. Ainda há desafios — principalmente no teor de açúcar, corpo e persistência em boca —, mas vinícolas internacionais estão investindo pesado em melhorias.

Mais abaixo, dou algumas dicas para escolher o vinho não alcoólico ideal para o seu perfil.

Sei que muita gente ainda tem dúvidas (e até certo preconceito). Eu mesma já degustei rótulos com experiências bem diferentes: um espumante brut brasileiro que não me agradou — faltavam aromas, estrutura, e tinha um residual de açúcar alto demais para um brut. Já o segundo foi uma grata surpresa: um espumante francês da Borgonha realmente seco, com ótima acidez, aromas elegantes e borbulhas deliciosas. Como sempre digo: no mundo do vinho, vale a pena testar — especialmente se você tem curiosidade por bebidas não alcoólicas.

Tendência ou futuro?

O aumento na procura por vinhos sem álcool sugere que essa não é apenas uma fase. Estudos apontam que, até 2030, o mercado global de bebidas “no-low” (sem ou com baixo teor alcoólico) pode dobrar de tamanho. A busca por uma vida mais equilibrada, sem abrir mão do prazer, está impulsionando o surgimento de novas opções.

O crescimento das bebidas sem álcool

Nos últimos anos, o mercado de bebidas sem álcool tem crescido de forma expressiva, impulsionado por mudanças no estilo de vida e uma maior preocupação com a saúde e o bem-estar. Segundo o estudo No- and Low-Alcohol Strategic Study 2024, da IWSR, o segmento atraiu 61 milhões de novos consumidores entre 2022 e 2024 nos dez principais mercados globais — incluindo o Brasil. Esse número supera os 38 milhões de novos consumidores nas bebidas com baixo teor alcoólico no mesmo período.

Outro ponto que me chama atenção é que, no Brasil, esse movimento tem ganhado força principalmente entre os consumidores mais jovens, que buscam equilíbrio entre prazer e bem-estar.

Como é feito um vinho sem álcool?

Diferente de um simples suco de uva, o vinho sem álcool passa por todo o processo de fermentação, como qualquer vinho convencional. A diferença está na etapa final, quando o álcool é removido por métodos como destilação a vácuo ou osmose reversa, preservando os compostos aromáticos e a estrutura do vinho.

Quem fez vinho sem álcool primeiro?

A Alemanha foi uma das pioneiras na produção de vinhos desalcoolizados. A vinícola Weinkönig começou a produzir rótulos sem álcool ainda na década de 1900. No entanto, foi apenas nos últimos 20 anos que o mercado decolou. Hoje, vinícolas renomadas como Torres (Espanha), J. Hofstätter (Itália) e Freixenet (Espanha) investem fortemente nesse segmento.

E no Brasil?

Por aqui, as vinícolas La Dorni (PR) e Vinoh (RS) são referências quando o assunto é vinho sem álcool, com opções que vão de espumantes a tintos secos. Além delas, nos últimos dois anos, outras grandes vinícolas brasileiras também passaram a lançar vinhos tranquilos, com foco especial nos espumantes.

Curiosidades sobre vinhos não alcoólicos

  • Menos calorias: Um vinho sem álcool pode ter até metade das calorias de um vinho tradicional.
  • Inclusão social: Pessoas que não bebem por questões de saúde, religião ou escolha pessoal agora podem brindar com tranquilidade.
  • Mais que um suco: Os vinhos sem álcool mantêm compostos como polifenóis e antioxidantes, preservando parte dos benefícios do vinho convencional.

Dicas da Carol Souzah

Como escolher o melhor tipo de vinho sem álcool?

  • Se você busca um vinho sem álcool com mais fidelidade aos aromas e sabores do vinho tradicional, menos açúcar e perfil sensorial mais equilibrado, prefira os produzidos por destilação a vácuo. Essa técnica evita que o vinho fique excessivamente doce ou perca sua identidade. É bastante usada em rótulos europeus de alta qualidade (geralmente mais caros, mas vale o investimento).
  • Se o rótulo não especifica qual método foi usado (osmose reversa ou destilação a vácuo), pergunte a um especialista ou pesquise rapidamente no Google.

Quer experimentar vinhos secos e espumantes não alcoólicos e não sabe onde encontrá-los?

  • Empório Sem Álcool – Veuve Du Vernay Brut (espumante francês que adorei)
  • Armazém Sem Álcool
  • Amazon
  • Em Salvador: restaurante Encantos da Maré, da Chef Deliene Mota
  • Lojas físicas: alguns supermercados e empórios já oferecem boas opções nacionais e importadas.

Um conselho? Se for beber vinho sem álcool, beba sem moderação!

Carol Souzah sommèliere e jornalista

Sobre Linha Editorial e a Carol Souzah

Carol Souzah é sommelière, jornalista e nova colunista do Muito Gourmet.

A sommelière abordará inovações no mundo dos vinhos, curiosidades, harmonizações, aspectos socioeconômicos, sustentabilidade, ética na produção e muitas dicas.


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Jantar harmonizado inaugura projeto Massimo Invita em Salvador

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Cremonini Ristorante realiza a primeira edição de uma experiência mensal que promete movimentar a cena gourmet da cidade

Salvador ganha, a partir deste abril, uma nova razão para celebrar sua efervescente cena gastronômica: o projeto Massimo Invita, idealizado pelo chef italiano Massimo Cremonini.

À frente do elegante Cremonini Ristorante, na Pituba, o chef inaugura uma série de jantares mensais harmonizados, sempre com convidados especiais que compartilham sua paixão pela gastronomia.

A primeira edição acontece no dia 9 de abril, às 19h30, com a presença do talentoso chef Raphael Sepúlveda, que assina os menus do Yolo Coffee Bar, no Santo Antônio Além do Carmo, e do sofisticado Leto Gastronomia, na Bahia Marina. Juntos, Cremonini e Sepúlveda preparam uma verdadeira ode à criatividade culinária em cinco etapas, cada uma harmonizada com vinhos selecionados especialmente para a ocasião.

raphael e massimo
Os chefs Raphael Sepúlveda e Massimo Cremonini – Foto: Gabriel Brawne

Massimo Invita: bons rótulos e um menu exclusivo

A experiência começa com Mexilhões à milanesa e Gougeres com mascarpone e salmão defumado, acompanhados do espumante Bedin Prosecco, em uma entrada leve e crocante.

Na sequência, dois pratos que equilibram tradição e inovação: um Ravioli aberto de camarão e um irresistível Panino de porchetta romana com mozzarella frita, rúcula, tomate e maionese de mostarda. Para acompanhar, o fresco e aromático Hemann Alvarinho Joven.

Nos pratos principais, a complexidade ganha o centro do palco: Creme de berinjela defumada com polvo, crispy de tinta de lula e páprica picante (harmonizado com o elegante Albino Armani Pinot Grigio) e Angus com molho rôti, trufa negra, mousseline de cebola caramelizada e croqueta de funghi, servido com o imponente Bell Colle Barolo.

A noite encerra com duas sobremesas que celebram a confeitaria italiana e contemporânea: Torta Sbrisolona com chantilly allo zabaione e tuille de chocolate, seguida de Pistache em texturas com framboesa. Ambas são acompanhadas por um clássico Curatolo Arini Marsala Fine, fechando a noite em tom doce e memorável.

massimo invita
Bell Colle Barolo

Harmonização de excelência com curadoria da Decanter Salvador e do Grupo Origem

Para transformar cada etapa do jantar em uma experiência sensorial completa, a harmonização da primeira edição do Massimo Invita ficará a cargo de dois nomes de peso no universo dos vinhos: Samuel Souza, sommelier do prestigiado Grupo Origem, assina a curadoria dos rótulos, que serão todos da Decanter Salvador, representada por Rogério Souza.

A união entre conhecimento técnico e sensibilidade gastronômica resulta em harmonizações pensadas sob medida para os pratos criados pelo chefs. Espumantes elegantes, brancos aromáticos, tintos estruturados e até um clássico Marsala compõem o roteiro da noite, elevando sabores e revelando novas camadas em cada garfada.

Encontros mensais com grandes nomes da cozinha

Mais do que um jantar, Massimo Invita nasce como um projeto de celebração da hospitalidade e da criação coletiva, que irá acontecer mensalmente com novos convidados, menus autorais e harmonizações únicas. “Cada edição será uma surpresa – uma conversa entre estilos, ingredientes e visões de mundo”, antecipa Massimo Cremonini.

Para quem busca vivências autênticas e memoráveis na gastronomia de Salvador, essa é uma oportunidade imperdível de conhecer de perto dois grandes nomes da cozinha contemporânea, em um ambiente intimista e acolhedor.

Como participar

As vagas são limitadas e as reservas já estão abertas pelo WhatsApp. O investimento é de R$450 por pessoa, incluindo todos os pratos e as harmonizações.


Serviço:

Evento: Massimo Invita – Jantar Harmonizado
Quando: 9 de abril (terça-feira), às 19h30
Onde: Cremonini Ristorante – Rua Alexandre Hercolano, 18 – Pituba, Salvador
Quanto: R$450 por pessoa
Reservas: (71) 99694-2032


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Salvador recebe nova edição do Terroir Itinerante com vinhos libaneses

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Uma noite para explorar os sabores da Bekaa Valley com curadoria de Carol Souzah e menu exclusivo da chef Zeina do Arabesque

A cena dos amantes do vinho em Salvador ganha um novo e fascinante capítulo no dia 11 de abril, às 19h, com mais uma edição da Terroir Itinerante.

Desta vez, o projeto da sommelière Carol Souzah, que propõe uma verdadeira imersão nos vinhos do Líbano, sem que os apaixonados pela enogastronomia precisem sair da capital baiana.

O encontro será no charmoso Restaurante Arabesque, na Pituba, e trará uma degustação guiada de quatro rótulos libaneses cuidadosamente selecionados.

Para completar essa experiência sensorial, o evento contará com a harmonização da autêntica culinária árabe, preparada pela chef Zeina.

Os rótulos: uma jornada pela tradição libanesa

Os vinhos escolhidos para a noite do Terroir Itinerante vêm da renomada vinícola Château St. Thomas, situada na histórica região da Bekaa Valley, terroir consagrado no mundo do vinho. A seguir, conheça os rótulos que serão apresentados:

Les Gourmets Rosé

Com aromas intensos de morango e groselha, é um vinho leve e frutado, ideal para iniciar a experiência. A base de Syrah, Cinsault e Petit Verdot, harmoniza com aperitivos e pratos da cozinha oriental e asiática.

Les Gourmets Blanc

Fresco e agradável, traz notas tropicais de abacaxi e pêssego branco. Com Sauvignon Blanc, Viognier, Chardonnay e Obeidy, é a escolha certa para acompanhar saladas, petiscos e frutos do mar.

Les Gourmets Tinto

Um tinto complexo com aromas de eucalipto e especiarias, feito com Grenache, Cinsault, Syrah e Cabernet Sauvignon. Vai muito bem com pratos da cozinha mediterrânea e massas com molhos encorpados.

Les Emirs

O grande destaque da noite, este tinto robusto e elegante amadurece por 12 meses em carvalho. Com notas de cereja preta, baunilha e alcaçuz, feito a partir de Cabernet Sauvignon, Syrah e Grenache, é perfeito para acompanhar carnes vermelhas, pato e queijos.

Uma experiência imperdível para os amantes do vinho e da boa mesa

A Terroir Itinerante sempre propõe algo além da degustaçãom o que torna o evento uma verdadeira celebração da diversidade cultural e sensorial que o vinho pode proporcionar. Ao lado da cozinha envolvente da chef Zeina, cada taça ganha vida com histórias, tradições e sabores.

Serviço Terroir Itinerante no Arabesque

  • Data: 11 de abril (quinta-feira)
  • Horário: 19h
  • Local: Restaurante Arabesque – Rua das Dálias, 505, Pituba
  • Degustação (4 rótulos): R$170
  • Jantar opcional: R$90 (pago diretamente ao restaurante)
  • Inscrições: WhatsApp (71) 99957-9505

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Gero Salvador celebra a Páscoa com menu exclusivo no Hotel Fasano

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Almoço especial une tradição italiana, ingredientes nobres e sabores surpreendentes entre os dias 18 e 20 de abril

A sofisticação da gastronomia italiana encontra a atmosfera elegante do Hotel Fasano Salvador para uma Páscoa memorável. O Gero Salvador preparou um menu especial para o almoço da Semana Santa, com pratos que homenageiam a tradição da data e ressaltam a excelência da cozinha italiana contemporânea.

gero salvador
Gero Salvador – Foto: Divulgação

Entradas refinadas com acentos mediterrâneos

Para iniciar a experiência, o Gero propõe duas entradas que celebram frescor e técnica. A Insalata di Polpo alla Mediterranea combina folhas verdes, polvo grelhado e batatas ao açafrão, finalizadas com um molho cítrico que realça os sabores do mar. Já a Insalata di Pera al Vino e Formaggio di Capra equilibra a doçura da pera ao vinho tinto com a acidez sutil do queijo de cabra, criando um diálogo harmônico entre contrastes.

Pratos principais que celebram a Páscoa com elegância

O menu principal é um verdadeiro desfile de texturas e aromas. O clássico Baccalà alla Romana, bacalhau confitado servido com purê de batata, presta homenagem à tradição da Semana Santa italiana. Para os amantes de carnes nobres, a Spalla d’Agnello con Fettuccine al Burro e Salvia traz uma paleta de cordeiro suculenta, escoltada por fettuccine na manteiga e sálvia.

Outra estrela do cardápio é o Medaglione in Crosta di Funghi al Marsala, um medalhão em crosta de cogumelos ao molho marsala, servido com risotto de aspargos — prato que combina rusticidade e sofisticação com maestria. Para os paladares vegetarianos, o delicado Ravioli di Melanzane e Ricotta al Pesto entrega a cremosidade da ricota com o defumado da berinjela, envoltos por um pesto aromático.

Sobremesas que encerram a experiência com doçura e frescor

A doçura também ganha seu momento de destaque: o Tortino al Cioccolato e Mandorle traz um pequeno bolo de chocolate e amêndoas servido com sorvete de mascarpone e calda de baunilha — uma combinação quente e fria que conquista à primeira colherada. Já o Crème Brûlée al Limone, feito com limão siciliano, oferece leveza e frescor, encerrando a refeição com uma nota cítrica e elegante.

Menú de Páscoa Gero Salvador

O Menu de Páscoa do Gero Salvador estará disponível entre os dias 18 e 20 de abril, exclusivamente para o almoço. Com vista para a Baía de Todos-os-Santos e serviço irrepreensível, o restaurante é o cenário ideal para uma celebração de Páscoa inesquecível.


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Sagratto Café Bar lança Almoço Executivo com menu completo aos pés do Bonfim

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Com pratos assinados pelo chef Victor Bebé, a casa une tradição, sabor e sofisticação por R$69

Em meio ao cenário encantador da Colina Sagrada, onde a fé e a cultura baiana se encontram na Igreja do Bonfim, o Sagratto Café Bar estreia uma nova proposta para conquistar o paladar dos soteropolitanos: o Almoço Executivo. Servido de terça a sexta-feira, o novo menu chega como uma extensão da experiência já consagrada da casa, que fez sucesso durante o verão.

Assinado pelo talentoso chef Victor Bebé, o cardápio oferece uma refeição completa com entrada, prato principal e sobremesa por um valor fixo de R$69 por pessoa. A ideia é aliar sofisticação, conforto e um excelente custo-benefício, transformando o almoço do meio da semana em um momento especial.

Sabores que respeitam o tempo e o paladar

O Almoço Executivo do Sagratto traz opções criativas que revelam o talento do chef e a personalidade da casa. Entre os destaques, estão a Moela ao Demi Glace, um toque francês com sotaque baiano, e a clássica Parmegiana servida com Spaghetti ao Pomodoro, perfeita combinação de afeto e tradição.

A proposta é ideal para quem trabalha na região do Bonfim ou deseja fazer uma pausa no meio da semana com charme e vista privilegiada. O ambiente do Sagratto combina o espírito acolhedor dos cafés europeus com o calor do bairro do Bonfim, em Salvador.

Sagratto Café, do café da manhã ao pôr do sol

Além do novo Almoço Executivo, o Sagratto Café continua oferecendo seu já celebrado menu de café da manhã, disponível de sexta a domingo, das 8h às 11h. A casa funciona:

  • Terça a quinta-feira, das 12h às 18h
  • Sexta a domingo, das 8h às 19h

Seja para um café diante da Basílica ou um almoço com vista para a história de Salvador, o Sagratto Café Bar segue encantando os visitantes com sua proposta intimista e inspiradora.


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Cubana Sorvetes reabre loja histórica no Elevador Lacerda

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A icônica sorveteria preserva tradição com nova arquitetura, acessibilidade e cardápio repaginado

Salvador acaba de receber um presente que une memória afetiva, tradição e frescor: a reabertura da unidade histórica da Cubana Sorvetes, no coração do Elevador Lacerda. Após um cuidadoso processo de retrofit, a loja-matriz da sorveteria mais antiga da Bahia — e a mais longeva do Brasil em atividade — ressurge com um novo projeto arquitetônico que respeita sua essência e oferece mais conforto, acessibilidade e modernidade.

Fundada em 1930 por José Bouzas Miguez, a Cubana faz parte da paisagem e do imaginário afetivo de Salvador há 95 anos. A revitalização acompanha as obras de requalificação do Elevador Lacerda e reafirma a presença icônica da marca no cenário cultural da cidade. A direção da empresa, hoje nas mãos dos netos do fundador — Marcos, Alexandre e Fernanda Bouzas — reforça o elo entre a sorveteria e a evolução urbana da capital baiana.

“Nossa história se mistura com a da cidade. Estar neste local simbólico desde os anos 1930, acompanhando a modernização de Salvador e mantendo viva a memória dos sabores que atravessam gerações, é motivo de orgulho para nós”, afirmam os sócios.

Nova Cubana Sorvetes: Arquitetura clássica e espírito renovado

A nova ambientação da loja-matriz resgata o charme original da década de ouro do Centro Histórico, com elementos visuais que remetem à tradição da sorveteria. Ao mesmo tempo, a estrutura foi modernizada para garantir uma experiência acolhedora, inclusiva e contemporânea, com destaque para a acessibilidade e a ambientação mais confortável.

Cardápio artesanal e inclusivo

Mantendo a excelência artesanal que marca sua trajetória, a Cubana oferece um cardápio com mais de 50 sabores de sorvete, além de cafés, doces, salgados e sobremesas consagradas. Os clássicos da casa continuam encantando paladares: o Dusty Miller, o Bolinho da Cubana, o Maltado de Coco, a banana split e os tradicionais milk shakes seguem no menu.

Atenta aos novos hábitos alimentares, a sorveteria também apresenta sorbets sem lactose nos sabores Limão, Manga, Cajá, Jabuticaba e Pitanga — um gesto de cuidado com quem busca alternativas mais leves ou possui restrições alimentares.

Entre os sabores mais pedidos, destacam-se o Coco, Chocolate com Avelã, Pavê, Tapioca e o nostálgico Creme com Passas, reafirmando a proposta da marca: oferecer uma experiência sensorial autêntica, que une o sabor do presente com a memória do passado.

Presença forte em Salvador

Além da loja revitalizada no Elevador Lacerda, a Cubana Sorvetes marca presença em pontos estratégicos da cidade: Pelourinho, Pituba (Madison Plaza), Rio Vermelho (Vila Caramuru) e Itaigara (Shopping Cidade). A marca também conta com delivery próprio, ampliando o acesso ao seu universo de sabores.

Com a reabertura da loja-matriz, a Cubana reafirma seu papel como referência da gastronomia afetiva de Salvador — onde cada colherada é um reencontro com a história, o afeto e a identidade baiana.


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Salvador, eu vou comer seu bolo: um parabéns que só essa cidade sabe cantar

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Uma homenagem bem-humorada, musical e temperada ao estilo soteropolitano de celebrar

Há uma maneira muito específica — e deliciosa — de cantar parabéns em Salvador. Uma mistura de ritmo, afeto, improviso e, claro, comida. No dia do aniversário da capital baiana, não há forma melhor de celebrar do que com bolo, música e uma boa gargalhada sobre os rituais que tornam nossas festas únicas no Brasil.

Se em outras cidades o “parabéns pra você” termina com palmas e vela apagada, em Salvador ele entra num redemoinho musical onde cabe de tudo: “É pique!”, “Derrama Senhor!”, “É vatapá, é caruru!”. Uma verdadeira sinfonia de identidade cultural que transforma qualquer aniversário numa performance digna de trio elétrico.

Para marcar a data de hoje, celebramos os 476 anos de Salvador com um texto que é puro amor por essa cidade — sua comida, sua gente e sua maneira irreverente de estar no mundo. E, claro, com um bom pedaço de bolo no prato. Leia abaixo esse tributo divertido e afetivo à forma soteropolitana de cantar parabéns. Porque aqui, meu bem, o parabéns não termina nunca.

Salvador, eu vou comer seu bolo

Hoje é aniversário de Salvador e essa linda cidade merece todas as homenagens e um belo parabéns com bolo e tudo nesse dia especial. Vamos? Só que, antes da gente começar a cantar, me diz uma coisa, você aí alguma vez já cantou parabéns nessa cidade? Acredite em mim, é uma experiência única. Cantar parabéns aqui é diferente. Vou tentar explicar pra que a gente possa cantar todo mundo junto, que é como a gente gosta.

Pra começar, já fica logo dito aqui que cantar parabéns em Salvador é diferente, afinal tudo o que diz respeito a Salvador é feito à moda soteropolitana de viver, única e original. Mas não é assim, difereeente não, é só diferente mesmo, você entende. Se acalme que pra cantar por aqui também tem vela, tem bolo, palminhas, também não é assim um auê total, tem organização.

No geral, se canta parabéns alegremente e batendo palminhas em um coro onde ninguém sabe bem muito para onde olhar, principalmente o aniversariante. Isso também é igual em todo lugar. Aliás, já vou logo te dando a dica, se você for o aniversariante, por aqui também vale a regra de encarar firmemente a chama da vela para disfarçar ser o centro das atenções.

A gente também aglomera as crianças perigosamente ao redor da vacilante mesa do bolo, sempre pergunta quem tem fósforos e se amontoa juntinho pra cantar. Até aí tudo igual sem tirar, nem pôr.

A grande diferença por aqui está na música mesmo, como aliás não poderia deixar de ser. Em sendo cantiga, a musiquinha do parabéns nessa cidade jamais estaria a salvo da nossa veia musical.

O combinado é que basta estar pronto pra cantar afinal o começo é sempre fácil, basta um só começar e todo mundo já acompanha. Muitas palminhas e muitos anos de vida, uma alegria só, a gente se entrega relaxado na simplicidade dos versinhos, uma delícia. Tão gostoso que a gente podia ficar pra sempre aqui fazendo isso e é justamente isso que os soteropolitanos descobriram: uma forma única de alongar indefinidamente o parabéns. A verdade é que a maior diferença é que em Salvador o parabéns nunca termina.

Pelo resto do país se canta parabéns e ele termina em muitos anos de vida, palmas e sopro de velinha, mas por aqui, não. Aqui ninguém nunca sabe ao certo quando, se e como o parabéns vai terminar. Termina o parabéns protocolar e entramos por um portal e ninguém mais sabe por quanto tempo a mais cantaremos. Vai ter “que Deus lhe dê”? Termina no “é pique, é pique, é hora, é hora”, no “ra-tim-bum”? Houve um tempo em que acabava aqui sim, mas como a música tende ao infinito, não é mais assim, ou por acaso você achou que a comida baiana ia ficar de fora do parabéns? Por aqui acharam que ela precisava entrar também na canção.

Depois de todo o “derrama senhor”, “viva” e dos gritinhos agora em Salvador também tem mais um adendo e, como é aniversário dessa cidade, já te ensino. Depois de todo o parabéns, apagada a vela, agora a gente canta: é vatapá, é caruru! Salvador eu vou comer o seu bolo!

P.C.L

aniversário de Salvador

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