O que você verá na matéria
O circuito integra a iniciativa Juntas Na Mesa, movimento de Stella Artois por uma gastronomia com mais protagonismo feminino; restaurantes em 6 capitais participam.
Um assunto delicado, mas até o final da matéria você vai entender o porquê do nome Uncomfortable Food. Você sabia que as mulheres lideram 96% das cozinhas de casa no país? Entretanto, elas só comandam 7% dos restaurantes premiados. Parece injusto não é mesmo?
Sim, muito.
Pensando nisso, por que não falar em um menu para tirar a gastronomia da zona de conforto? Esse é o pensamento por trás do Circuito Uncomfortable Food, com pilares na formação, visibilidade e crédito para o trabalho feminino, promovido por Stella Artois dentro do movimento Juntas na Mesa.
O movimento, que visa justamente promover uma gastronomia com mais protagonismo feminino e equidade de gênero, tem cerca de 25 restaurantes em seis cidades brasileiras como seus integrantes. Os locais estão oferecendo pratos especiais e cheios de representatividade, além dos seus menus tradicionais.
Os pratos – que ficam disponíveis até o final deste mês – foram criados por chefs mulheres que, a convite da cerveja da Ambev, ressignificaram em experiências gastronômicas os desconfortos e desafios que enfrentam dentro das cozinhas profissionais apenas pelo fato de se identificarem como mulheres nesse mercado.
Em Salvador, os restaurantes Café e Cana e Encantos da Maré participam do projeto, cada um com seu prato autoral, criado 100% por mãos femininas.
Antes de chegar a esses restaurantes parceiros pelo país, o Circuito Uncomfortable Food nasceu a partir da união entre chefs de cozinha que são referências no segmento. Juntas, elas foram as primeiras a oferecer em seus restaurantes criações que transformam o manifesto por uma gastronomia mais igualitária em pratos inéditos e sofisticados, mostrando sua potência e paixão pela profissão. Entre elas estão as baianas Bela Gil e Nara Amaral.
De onde surgiu o termo “Uncomfortable Food”?
O nome Uncomfortable Food foi criado em oposição à expressão “comfort food”, que é reconhecida na gastronomia para falar de comida aconchegante e de afeto. Esse tipo de comida normalmente é relacionado às mulheres, mas nas cozinhas profissionais, onde estão o lucro e a projeção de carreira, a figura do homem ainda prevalece.
Confira os restaurantes de Salvador participantes:
Café e Cana
A chef Elvira de Morais, do Café e Cana, no Santo Antônio Além do Carmo, servirá o “Um, Dois, Feijão com Arroz”, um bolinho de arroz e feijão, inspirado na sua avó, com carne do sol, coentro, salsa, cebolinha, cebola roxa, pimenta doce, queijo coalho, farinha de mandioca, ovos, banana e limão.
O prato relembra sua infância, quando tinha poucos recursos para se alimentar, e utiliza alimentos considerados essenciais para uma experiência especial.
Encantos da Maré
Já para o Encantos da Maré, no Bonfim, a chef Deliene Mota criou o “Pôr do Sol”, com camarão, filé de badejo, purê de aipim e molho apimentado.
O prato é inspirado no encontro dela, exatamente ao pôr do sol, com uma cliente que questionou se ela era mesmo a dona do restaurante e que disse que, como mulher negra, era uma afronta ela liderar um restaurante em um casarão de brancos.
Por mais iniciativas como o Circuito Uncomfortable Food em Salvador. Vamos fazer a diferença que queremos ver no mundo e prestigiar esse Movimento incrível?
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