O flexitarianismo é uma dieta não completamente vegana, nem completamente vegetariana, nem completamente carnívora ou focada em produtos de origem animal. Essa é a ideia do Flexitarianismo.

Dessa forma, podemos dizer que a dieta flexitariana é basicamente vegetariana, mas com consumo eventual de carnes. O seu pilar principal é a redução voluntária no consumo de carne e peixe.

De onde surgiu o Flexitarianismo?

A dieta foi concebida inicialmente pela nutricionista americana Dawn Jackson Blatner, que lançou o livro The Flexitarian Diet e pôs essa forma de alimentação no centro das atenções.

Os três pilares dela são basicamente saúde, equilíbrio e sustentabilidade, sendo que para isso, a redução no consumo da carne é um dos seus principais slogans.

Dessa forma, é possível afirmar que os flexitarianos possuem uma dieta baseada em vegetais, plantas. Entretanto, o consumo ocasional de carne, peixes e ovos ocorre.

Como funciona na prática?

Na prática, o seguidor dessa dieta pode consumir apenas produtos vegetais em casa, deixando o consumo de carne para ocasiões em que as refeições ocorram fora de casa, como em encontros familiares e com amigos. Significa ser majoritariamente vegetariano e ocasionalmente incluir peixe e carne no prato.

Uma escolha consciente, não um fator econômico

Aqui é importante frisar que a adoção da dieta flexitariana não é aquela forçada pela alta dos preços das carnes e seus derivados. Trata-se de uma opção consciente do seu adepto, que adota um semivegetarianismo, levando em conta, muitas vezes, razões como preocupações crescentes com o impacto ambiental da indústria que produz os alimentos derivados de proteína animal no ecossistema.

Outras preocupações ambientais dos que optam por tal dieta levam em conta o aquecimento global e a crueldade com os animais na produção de alimentos, bem como questões ligadas à própria saúde. Resumindo, a sua adoção voluntária passa por uma escolha informada do seu adepto.

Nesse sentido, os seus adeptos prezam pela atenção à procedência dos produtos animais que irão consumir eventualmente, o fazendo preferencialmente quando se tratam de produtos sustentáveis, locais e orgânicos.

A dieta flex, por exemplo, pode servir como uma luva para aqueles que desejam adotar uma transição gradual e crescente ao vegetarianismo, já que não desejam mergulhar de cabeça e abruptamente em uma dieta puramente baseada em plantas.

Segunda Sem Carne: um bom começo

Um importante movimento nessa direção é a segunda sem carne, que propõe retirar das refeições, por apenas um dia, todas as segundas-feiras, a proteína animal, substituindo-a por uma vegetal.

A tendência de mudança é forte em todo o planeta. Os britânicos, segundo o The Economist, estão trocando cada vez mais os seus hábitos alimentares, para uma dieta baseada em plantas e abrindo mão da carne. Os impactos são consideráveis, especialmente quando se considera que, por exemplo, a carne de boi emite trinta e seis vezes mais CO2 para atmosfera quando comparada com tofu: grande diferença!

A ideia é conhecer e experimentar novos sabores, combinações e, com isso, contribuir para a saúde das pessoas, com impactos positivos no planeta como um todo. É um excelente primeiro passo em direção ao uma alimentação mais saudável e amiga da natureza.

Vamos aderir? Devagar e sempre, mas sempre e devagar. 🙂

Sanduiche Sem Carne
Foto: Roam in Color / Unsplash

Fontes: Sociedade Vegetariana Brasileira | The Economist

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