Conheça um pouco da história do panetone e saiba onde encontrar os mais gostosos da cidade.

Se você está procurando por panetone artesanal em Salvador, chegou ao lugar certo. Elaboramos uma lista com panetones artesanais variados, feitos com ingredientes selecionados, fermentação natural e em quantidade limitada.

O panetone habita as nossas lembranças natalinas e traz consigo a memória gustativa do período de fim de ano, é uma comida recheada de emoção. Não temos dúvida, quando começam a vender panetones, o ano chegou ao fim e o Natal está próximo e a magia natalina já está no ar.

Em todas as suas variações, é uma receita emblemática. Com ou sem passas, com frutas cristalizadas ou lascas de chocolate, esse pão de forma abobadada é um elemento essencial nas mesas da Europa e da América do Sul durante a celebração do Natal e do Ano Novo.

Aqui resolvemos trazer um pouco da história deste pão tão amado, além de listar alguns que podem ser encomendados neste Natal e que certamente farão a diferença na sua celebração. Para elaborar essa lista, contamos com a colaboração de Pedro Mascarenhas, que é apaixonado por gastronomia, confeiteiro amador, advogado, criador de conteúdo e já foi jurado em competições especializadas em Panetone, ou seja, entende do assunto!

Você vai se deliciar com essa extraordinária seleção.

A História do Panetone

Antes de passar à nossa lista, vamos conhecer melhor sobre as história do panetone.

Por ser uma receita de tradição coletiva e amplamente difundida, a origem exata do panetone é difícil de ser identificada, embora existam diversas histórias. O que se sabe é que ele é de origem italiana, mais precisamente da região de Milão, e existe desde meados do século XV.

O panetone é derivado dos pães doces e festivos, que existem desde a era medieval. Segundo Massimo Montanari, professor de história da Alimentação na Universidade de Bolonha, na Itália, e autor de vários livros sobre pratos emblemáticos da culinária italiana, os pães doces representavam uma conexão entre um produto ordinário, de consumo diário, o pão, acrescido de ingredientes que o enriquecessem e o tornasse precioso, como as especiarias.

A chegada do Panetone ao Brasil se deu com a imigração italiana no pós Segunda Guerra Mundial e começou a ser comercializado por Carlo Bauducco, em 1948. Desde então, os panetones Bauducco tomaram o mercado e hoje o Brasil é um dos países que mais consome panetone no mundo.

Receita e características

O panetone hoje pode ser encontrado em diversas configurações. Ele pode ser feito com frutas, chocolate, recheado com cremes, brigadeiros e ganaches, salgado… enfim, o céu é o limite. Quando chega ao Brasil, a receita é adaptada ao gosto brasileiro e ganha variações e novas combinações surpreendentemente deliciosas.

Mas a receita tradicional mesmo, é uma só. 

Os italianos levam isso tão a sério que desde 2005 existe uma legislação que determina os ingredientes a serem utilizados numa massa de panetone para que este seja considerado verdadeiro. São eles farinha, sal, açúcar, ovos, manteiga, frutas cristalizadas (cerca de 20% da massa), aromas naturais e fermentação natural. Só isso.

Apesar da rigorosa receita original, os panetones de hoje são comercializados em ecléticas variações que se adequam ao paladar de cada lugar. É tanta variedade que fica até difícil eleger o melhor. Entretanto, para saber se se trata de um bom panetone, algumas características devem ser observadas no que ele tem de principal, a sua massa.

A primeira característica a se observar é justamente o ponto da massa. Ao puxar uma fatia, ela deve quase que desfiar suavemente. A massa deve ser macia, leve, elástica e arejada. O panetone não deve ser ressecado nem esfarelar.

Outro dado é que a massa deve ainda ser úmida, mas não a ponto de grudar na mão. A massa tem de ter um quê de hidratada na medida certa, um ponto difícil a ser alcançado.

O aroma também é de fundamental importância. A essência artesanal do panetone deve trazer aromas de especiarias e cítricos. Um equilíbrio para um dos sentidos mais sensíveis e que influencia muito no paladar.

A proporção ideal entre massa e recheio também deve ser observada. Isso porque o excesso de recheio torna a massa do panetone pesada e densa, o que pode alterar sua estrutura. Perder a mão e rechear de menos também tornará o panetone inconsistente.

O resultado deve ser um panetone lindo, saboroso, suculento, aromático e equilibrado, que dá água na boca só de pensar. 

Os 5 melhores panetones artesanais de Salvador

Agora, depois de aprender um pouco sobre a história do panetone, aqui vão as opções surpreendentes na massa, no sabor e na apresentação, ou seja, os nossos queridinhos de 2022:

Le Lapin

A Le Lapin este ano trouxe de volta um favorito antigo do público, que inclusive ficou em segundo lugar no ranking do jornal Correio, em 2018.

O Maracujá Crocante consiste num chocotone recheado com brigadeiro de maracujá, gel de maracujá, doce de leite e sequilhos. Para arrematar, é coberto com chocolate branco.

Bem saboroso, traz um equilíbrio bem bacana entre o doce e o azedo, o macio e o crocante. Não é à toa que é amado até hoje.

Custa R$ 119,00.

Panetone Artesanal em Salvador - Le Lapin
Le Lapin – Foto: Reprodução

Jeanne Garcia

A Jeanne Garcia se inspirou nos sabores das suas amadas fatias para fazer os panetones deste ano.

Dentre os sabores presentes no menu, a indicação de Pedro é o Pink Lemonade, chocotone recheado com brigadeiro de limão siciliano e coulis de framboesa.

O topinho é coberto com chocolate branco, amêndoas laminadas e crispy de morango.

Custa R$ 134,00 e é uma explosão de sabores. 

Panetone Artesanal em Salvador - Jeanne Garcia
Jeanne Garcia – Foto: Pedro Mascarenhas

Caseiro Gourmet

A Caseiro Gourmet apostou em sabores clássicos, e que sempre agradam o público.

O chocotone tradicional feito apenas com gotas de chocolate ao leite e coberto com chocolate é a melhor escolha.

Simples e saboroso, para comer em uma sentada.

Custa R$ 67,00 e pesa 500g.

Panetone Artesanal em Salvador - Caseiro Gourmet
Caseiro Gourmet – Foto: Reprodução

Ahorita

A Ahorita, comandada com maestria por Maria Eme Bê, é uma micro padaria localizada no Rio Vermelho. Os pães de lá são excelentes e os panetones não fogem à regra.

O destaque vai para o panetone salgado, feito com a massa tradicional de panetone e essência artesanal à base de cítricos que confere o aroma característico deste pão.

O recheio, para contrastar com a massa, é feito com nozes, alho poró e bacon.

Não pode faltar!

Custa R$45 ou R$65, o de 350 e 500g.

Panetone Artesanal em Salvador - Ahorita
Ahorita – Foto: Reprodução

Manga Restaurante

A chef Kafe Bassi preparou especialmente para os amantes do modelo de panetone mais tradicional, com frutas, temos o Manga, que o trouxe numa roupagem que combina texturas e aromas com simplicidade e elegância, sem deixar de lado a excelência que lhe é característica.

É um panetone recheado com frutas cristalizadas, mel de uruçu, baunilha e crocante de avelãs.

Vem em dois tamanhos, de 500g e 1kg e custam, respectivamente, R$ 90,00 e R$ 170,00.

Panetone Artesanal em Salvador - Manga Restaurante
Manga Restaurante – Foto: Leonardo Freire

Bônus: Santa Dulce

Sabemos que os panetones artesanais trazem sabores e técnicas únicos, mas nem sempre as pessoas podem dispor do valor ou simplesmente optam por um panetone mais despretensioso.

Sendo assim, a melhor opção disponível em supermercados é o panetone da Santa Dulce. Ele arrebata corações com sua massa fofinha e saborosa e seu caráter beneficente.

Tanto o de frutas quanto o de chocolate são boas opções recheadas de solidariedade.

Conclusão

O panetone é uma expressão da memória e, portanto, ocupa lugar central nas mesas natalinas, disparando emoções a cada mordida.

Assim, seja com um panetone tradicional de frutas, com gotas de chocolate, recheado ou até mesmo salgado, o importante é ser gostoso e agradar o paladar de todos os presentes reunidos em uma boa e farta mesa natalina.

Convidamos todos os nossos leitores a experimentar as deliciosas opções de panetones artesanais disponíveis em Salvador, promovendo a economia local e celebrando o encontro!

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