Provavelmente você já conhece os pneus Michelin e deve estar se perguntando qual a relação entre a gastronomia e a famosa marca do boneco de pneus. Por mais improvável que pareça, a relação começou a criação do Guia Michelin em 1900 e continua super atual.

O Guia Michelin

Tudo começou no interior da França, quando os dois irmãos fundadores da empresa de pneus, André e Édouard Michelin, tiveram a ideia de inventar um pequeno guia de viagem pelo país.

A idéia era estimular os seus compatriotas a viajarem de carro pelas estradas da França e assim, eles gastariam mais seus pneus, movimentando o negócio.

Nesse espírito, o inicialmente pequeno guia indicava locais como postos de gasolina e locais para efetuar reparos nos veículos e recomendava locais para dormir.

Uma curiosidade interessante é que, nessa época, o guia informava aos motoristas os horários do nascer e do pôr do sol, uma vez que trafegar durante a noite em estradas sem iluminação não era o mais desejável.

Nesse meio tempo muitos anos se passam e o Guia, com sua icônica capa vermelha, era distribuído como um presente gratuito aos motoristas, só passando a ser vendido a partir de 1920, pelo valor de sete francos.

Com o passar das edições, as menções aos restaurantes começaram a ganhar mais e mais destaque.

Foi quando os irmãos tiveram mais uma inventiva ideia que revolucionaria tudo. Contrataram clientes ocultos para visitarem os restaurantes, assegurando uma avaliação isenta dos estabelecimentos e criando o que viria a ser uma das profissões mais invejadas do mundo: a dos inspetores Michelin.

E nascem as Estrelas…

O Guia MIchelin foi ganhando mais e mais notoriedade e em 1926 surgiu a ideia de classificar os restaurantes com estrela, sendo apenas uma no início. Só alguns anos depois foi instituída uma hierarquia de zero a três estrelas para classificar os estabelecimentos, seguida até hoje:

  •  * bonne table dans la localité , uma cozinha requintada, vale conhecer; 
  • ** cuisine excellente, vaut le détour, uma cozinha excelente, vale o desvio;
  • *** une des meilleures tables, vaut le déplacement  uma cozinha excepcional, vale a viagem.
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O Guia Michelin e suas famosas estrelas

Por todo o mundo, inclusive no Brasil

Hoje a equipe de inspetores Michelin avalia utilizando critérios objetivos e pré-estabelecidos mais de 30.000 hotéis e restaurantes localizados em mais de 30 países e em três continentes.

Chefs de cozinha do mundo inteiro e suas equipes prendem a respiração ano a ano aguardando a publicação do Guia, sendo que para muitos, receber a distinção representa a coroação e reconhecimento de um trabalho de excelência.

Atualmente há Guias Michelin em locais tão distintos e com culinária surpreendente como: China Continental. Tailândia, Macau e Polônia.

O Brasil, é claro, não fica de fora da lista de restaurantes contemplados com a estrela:

Fazem parte da seleção com uma estrela restaurantes de São Paulo e Rio de Janeiro, como, por exemplo, o Maní e o Cipriani, dentro do icónico Copacabana Palace. Contam com a distinção de duas estrelas o D.O.M. paulista e o Oro carioca. Todos os estabelecimentos do guia valem a visita e proporcionam uma inesquecível experiência gastronômica.

Combinação admirável de sabores

Definitivamente ir a um restaurante estrelado em qualquer canto do mundo é um sucesso garantido.

Se você é um amante da boa mesa, pode ter a certeza de experimentar uma culinária de altíssimo nível ao optar pelas indicações do guia. Não se trata simplesmente de comida mas de arte.

Premiado com duas estrelas no Guia Michelin 2021, o prato do chef Daniel Clifford.
Prato: Lincolnshire Poacher cheese on toast por Chef Daniel Clifford – Reprodução – Instagram

Fonte: guide.michelin.com
Fonte: marieclair.fr

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