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Chef Andrea Nascimento recebe Prêmio Maria Felipa em Salvador

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Reconhecimento celebra a trajetória de resistência e excelência da chef negra no cenário gastronômico de Salvador

Na fervilhante cena do Rio Vermelho, onde o aroma dos temperos baianos se mistura ao som do mar, a chef Andrea Nascimento, do Solar Gastronomia, acaba de alcançar mais um marco em sua trajetória.

Nesta quinta-feira, 25 de julho, ela será homenageada com o Prêmio Maria Felipa, uma das mais importantes honrarias concedidas a mulheres negras que se destacam na luta por direitos e contra o racismo no Brasil.

A cerimônia ocorre às 17h, no Centro de Cultura da Câmara de Salvador, e marca o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha, bem como o Dia Nacional da Mulher Negra.

A premiação é conduzida pela vereadora Ireuda Silva (Republicanos), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e vice-presidente da Comissão de Reparação.

“Uma felicidade poder ser honrada e premiada. Como empresária e chef negra, a luta é constante na busca do nosso posicionamento e independência”, afirma Andrea, cuja trajetória une talento culinário com ativismo e empreendedorismo de impacto.

Do fogão à resistência: quem é Andrea Nascimento?

Figura central da cozinha do Solar Gastronomia, Andrea Nascimento comanda um dos restaurantes mais emblemáticos de Salvador. Sua cozinha mistura técnica refinada e sabores ancestrais, com atenção especial à valorização de ingredientes afro-baianos e à formação de novas gerações de cozinheiras negras.

Não à toa, seu nome agora se junta à lista de mulheres inspiradoras que já foram contempladas pelo Prêmio Maria Felipa, como a embaixadora de Gana no Brasil, Abena Busia; a defensora dos direitos das mulheres negras na ONU, Kenia Maria; e a cantora e atual ministra da Cultura, Margareth Menezes.

O legado de Maria Felipa: resistência feminina na história baiana

Inspirando o prêmio que leva seu nome, Maria Felipa de Oliveira foi uma marisqueira e pescadora da Ilha de Itaparica que, em 1823, liderou um levante com mais de 200 pessoas – entre mulheres negras, tupinambás e tapuias – contra as tropas portuguesas durante a luta pela Independência da Bahia. Seu grupo incendiou cerca de 40 embarcações inimigas, tornando-se símbolo da resistência popular e feminina no estado.

A homenagem à chef Andrea, portanto, carrega não apenas um reconhecimento individual, mas também um elo com a ancestralidade e a força de tantas mulheres negras que moldaram, e continuam moldando a identidade cultural da Bahia.

Andrea Nascimento é destaque no Prêmio Maria Felipa 2024
Andrea Nascimento é destaque no Prêmio Maria Felipa – Foto: Leonardo Freire

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